UM REAL MADRID CONSOLIDADO, UM BARCELONA PROMISSOR
Uma final digna de dois gigantes do basquete mundial protagonizada por jogadores tecnicamente incríveis que fariam parte do quinteto titular de muitas equipes da NBA.
Por fim, justiça foi feita e o título ficou com a melhor equipe. Por mais parcial que pareça tal afirmação, justifico-me baseado no elenco e, principalmente, no momento de cada time.
Começando pela armação com o espetacular Sergio Llul, passando por Rudy Fernandez e o sempre eficiente Nicola Mirotic, o Real conseguiu há algum tempo montar uma equipe formidável que vem colhendo frutos como a vitoriosa campanha na Liga Espanhola do ano passado.
Bom,mas até aí, a equipe catalã também conta com grandes jogadores que podem decidir qualquer partida. Entretanto, o Real Madrid, diferentemente de seu rival, possui jogadores decisivos também no banco de reservas.
Se a dúvida sobre a capacidade de Vitor Sada substituir a altura Marcelo Huertas ainda é evidente, do outro lado, o Real se dá ao luxo de ter Sergio Rodriguez como suplente, simplesmente o MVP da Supercopa. Além dele, o ala Jayce Carroll é outro exemplo da força na rotação que dispõe o ótimo treinador merengue Pablo Laso.
A continuidade em um trabalho marcado por poucas lesões no elenco, uma variedade incrível de jogadores de alto nível dão ao Real Madrid um ligeiro favoritismo frente ao seu arquirrival. Entretanto, se o momento dos blancos é melhor, o futuro é promissor para Xavi Pascoal e seus comandados.
Para a temporada 2013-14, os catalães trouxeram reforços de peso, entre eles o excelente Papanikolaeou e os ótimos Bostjan Nachbar e Maciej Lamp, além de manter seus principais jogadores como Ante Tomic e Marcelo Huertas.
Mesmo com a ausência de dois importantes jogadores, Navarro e Lorbek, o Barcelona mostrou um excelente jogo, liderados brilhantemente por Huertas (17 pontos e 09 assistências) que continua repetindo as boas atuações do ano passado.
A tendência é que com o aumento no entrosamento dos novos jogadores e a volta de contusão das grandes estrelas, o Barcelona se torne uma equipe mais forte e perigosa do que a da final da Supercopa, especialmente no aspecto ofensivo, possibilitando Marcelinho a escolher entre bolas de fora com Navarro, Papanikolaeou e Oleson ou jogo na área pintada com Tomic e Lamp.
Se fosse para apostar entre o consolidado Real Madrid e o novo Barcelona, ficaria com a promissora equipe de Huertas e companhia.
(*) Kei Eguti é publicitário formado pela ESPM, sócio da agência TK10 Marketing Esportivo e amante do basquete nacional e internacional