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BASQUETE - Ponto de vista

Vaias?

13/10/2013 10:10 h

         

Não dá para entender a postura de alguns “torcedores” que estão militando no basquetebol brasileiro atualmente. Na apresentação do “NBA Global Games”, realizado na tarde/noite de sábado (12 de outubro), na HSBC Arena, no Rio de Janeiro (RJ), em partida de pré-temporada da NBA (Liga Profissional Norte-americana), que envolveu o Chicago Bulls, sem brasileiros no elenco, e o Washington Wizzards, de Nenê Hilário (terceiro brasileiro a jogar na NBA, mas o primeiro efetivo e com papel determinante). O público cometeu um ato de tremendo desrespeito ao vaiar o pivô brasileiro, enquanto ele dava as boas vindas aos presentes e fazia a apresentação do jogo ao lado do aplaudido Joakim Noah, atleta do Chicago, que não entrou em quadra por motivo de contusão.

Essa ação desrespeitosa seguiu durante o jogo, perseguindo o pivô do Washington. Certamente, a deselegante postura dos torcedores se deu pelo fato de Nenê, não ter se apresentado ao selecionado nacional para a disputa da Copa América/Pré-mundial. Sim, foi uma coisa ruim para o nosso basquete, mas é preciso respeitar tal postura e buscar os motivos pelos quais isso aconteceu! Só criticar é fácil, bem mais fácil... Vale lembrar que Nenê não foi o único e pedir dispensa, vários outros tomaram a mesma atitude.

O Brasil está ‘voltando à rota do basquetebol internacional’, basta lembrar que recentemente tivemos a disputa da Copa Intercontinental, reunindo Pinheiros/Sky (Brasil) e Olympiakos (Grécia), em outro grande evento, realizado na cidade de Barueri (SP). E, a perspectiva é animadora, com a real chance de novas ações como essas por aqui, a própria NBA já sinalizou com a possibilidade de um novo jogo em solo brasileiro.

Antigamente, várias equipes – de nome – no cenário internacional vieram jogar aqui, seja em torneios oficiais, partidas amistosas de pré-temporada ou mesmo de intertemporada. Isso no naipe masculino ou feminino!

É claro que a meta não é coibir as vaias e muito menos as manifestações do gênero; na verdade a ideia é discorrer sobre o momento em que o apupo aconteceu e o porquê disso. Creio que seja a hora dos nossos “torcedores” repensarem e tomarem posturas condizentes com o tamanho e a magnitude destes eventos. Só assim, o basquetebol caminhará da forma como almejamos. É preciso uma ação conjunta de todos para que a modalidade que tanto amamos siga em evolução.

Para fechar, parabenizo Nenê Hilário pela postura durante todo o evento, incluindo as entrevistas. E também por não ter a vergonha de mostrar sua fé em Jesus Cristo e em Deus!

Foto: Agif/Divulgação

Frederico Batalha
fredericobatalha@uol.com.br

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