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BASQUETE - Ponto de vista

Ponto de Vista de Marco Antonio Aga

04/02/2014 13:35 h

         

Mundial 2014

De 30 de agosto a 14 de setembro será disputado na Espanha o 17° Campeonato Mundial Masculino de Basquete. O Brasil participará pela décima sétima vez consecutiva. Será a primeira vez na história que participaremos como país convidado, ou seja, tivemos que conquistar a vaga através de convite após realizarmos uma campanha ridícula na Copa América do ano passado. Além do Brasil, a FIBA convidou as seleções da Grécia, Turquia e Finlândia. O principal critério que a FIBA utiliza para fazer os convites é o financeiro, em outras palavras, para participar tem que pagar. Mesmo assim, entendo ser de suma importância nossa participação, não só por sermos, ao lado dos Estados Unidos, as duas únicas seleções que participaram de todas as 16 edições anteriores, mas por sermos sede da Olimpíada em 2016.

A primeira edição do Campeonato Mundial aconteceu em 1950, na Argentina. Na história dos Mundiais, apenas seis países conquistaram o título: Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Iugoslávia e União Soviética. Acredito muito que nossa seleção possa novamente realizar uma campanha positiva, como a que ocorreu no último Mundial disputado na Turquia em 2010. Mesmo terminando o Mundial na nona colocação, o Brasil na fase de classificação conseguiu três vitórias (Irã, Tunísia e Croácia), perdendo duas partidas, uma para os EUA por apenas dois pontos de diferença e outra para a Eslovênia por três pontos de diferença. Nas oitavas de final cruzamos com a seleção argentina e numa partida emocionante acabamos perdendo por apenas quatro pontos de diferença. Mesmo com a nona colocação nossa seleção foi muito elogiada por sua postura em quadra, pelo basquete apresentado e por fazer jogos equilibradíssimos contra as principais potências mundiais da atualidade.

Após o sorteio, a definição dos grupos para o Mundial da Espanha ficou assim:

Grupo A: Brasil, Egito, Espanha, França, Irã e Sérvia;

Grupo B: Argentina, Croácia, Filipinas, Grécia, Porto Rico e Senegal;

Grupo C: Estados Unidos, Finlândia, Nova Zelândia, República Dominicana, Turquia e Ucrânia;

Grupo D: Angola, Austrália, Coréia, Eslovênia, Lituânia e México;

A forma de disputa prevê que as seleções jogam entre si, em turno único, dentro de seus grupos, classificando-se para as oitavas de final as quatro melhores de cada grupo. Nas oitavas de final as seleções classificadas do Grupo A enfrentam as do Grupo B, enquanto as do Grupo C jogam contra as do Grupo D, sendo 1º x 4º e 2º x 3º.

Quero novamente aproveitar a oportunidade para ressaltar que desde a posse do gaúcho Carlos Nunes como presidente da CBB, noto que o basquete brasileiro melhorou bastante no que diz respeito ao trabalho desenvolvido nas seleções brasileiras adultas. Este trabalho vem sendo feito pelo ex-atleta Vanderlei Mazzuchini, que na minha modesta opinião vem desempenhando com muita propriedade suas funções e responsabilidades, mudando para melhor a maneira de administrar e gerenciar a estrutura e a logística de nossas seleções.

Outro fator que melhorou bastante foi o relacionamento entre a CBB e os atletas selecionáveis, principalmente com aqueles que atuam na Europa e na NBA. Dentro das quadras, vejo também que nossa seleção viveu dois momentos distintos desde a chegada do técnico argentino Rubén Magnano, que começou muito bem seu trabalho, fazendo com que nossa seleção voltasse a jogar um basquete de qualidade e com muita competitividade. Mas, no ano passado, nossa seleção realizou a pior campanha de todos os tempos na Copa América, culminando com algumas declarações desastrosas e impertinentes de nosso treinador, no intuito de justificar e buscar culpados pelo nosso inédito fiasco nesta competição. Mesmo assim, acredito que com a presença de todos os nossos melhores jogadores, o Brasil poderá fazer uma bela campanha no próximo Mundial, iniciando assim com o “pé direito” um novo momento que servirá também de preparação para a Olimpíada no Rio de Janeiro.

O que temos que fazer agora é torcer bastante para que consigamos novamente lutar por medalhas, tanto no Mundial, quanto na Olimpíada. Todos nós sabemos que ela é muito difícil, mas não impossível, principalmente se contarmos com a presença de todos os nossos melhores atletas, com um adendo, todos participando do Mundial comprometidos com o trabalho, objetivos e com o técnico.


Marco Antonio Aga

Equipe Databasket
databasket@databasket.com

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