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BASQUETE - Editorial

TODAS AS CESTAS

01/03/2014 13:39 h

         

 
VAI BOLA
 
Estive no jogo entre Pinheiros e Brasília na última terça-feira e presenciei algo que não via há muito tempo.
 
Após a partida fans esperavam pelos jogadores na saída do vestiário para uma foto, um abraço, uma conversa, enfim um autógrafo de pessoas a quem eles admiravam.
 
Lembro-me que, numa época não tão remota assim, a gente sabia quem ia assistir aos jogos e quando chegava alguém diferente dos “habitués” os jogadores até estranhavam.
 
O NBB está transformando o nosso basquete e fazendo-o voltar ao grande público.
 
 
A LIGA
 
Também estive em Fortaleza para participar das festividades do nosso All Star Game, no evento “arremessando com as estrelas”, competição vencida pelo trio “Chuí”.
 
Tive a oportunidade de conversar com vários jogadores, dirigentes e juízes do NBB e fiquei impressionado com organização do evento, precisa até nos pequenos detalhes.
 
Fiquei satisfeito com o tratamento a mim dispensado por todos os participantes. Na verdade a palavra certa é surpreso, pois vocês sabem que eu mando ver e não tenho muito freio quando precisa (ou acho que precisa) criticar.
 
Isso, às vezes, causa algum atrito (o basquete brasileiro sempre em primeiro lugar).
 
No entanto, todos me foram muito simpáticos e até carinhosos. Muito obrigado, de coração.
 
 
MANDA BALA
 
Nesse jogo que assisti alguns meninos das categorias menores, ligados nos meus comentários durante a partida, vieram me perguntar como eu treinava arremessos.
 
Obviamente eu lhes respondi com uma pergunta. Aliás, várias.
 
Dentre essas, perguntei-lhes como eles achavam que os arremessos deveriam ser treinados e foram unânimes em me dizer que faziam séries de arremessos.
 
Perguntei-lhes como eram essas séries e eles me falaram que faziam séries de 10, 20, 100 arremessos por dia durante os treinos normais, quando os treinadores lhes mandavam fazer.
 
Disse-lhes que apenas isso não bastaria, que era preciso treinar arremessos fora dos treinamentos normais e terem um objetivo:
 
“Hoje só saio daqui se fizer 10 lances-livres seguidos por três vezes”
 
Ou ainda: “Hoje só saio daqui quando fizer 100 arremessos certos de três pontos”
 
Enfim, acho que me acharam um ET, mas treinar arremessos sem objetivos é perder tempo precioso que poderia ser utilizado em outro fundamento do jogo.
 
 
LIVRE DOCÊNCIA
 
Conversar com o Prof. Dr. Alexandre Moreira é sempre um estímulo à minha imaginação.
 
Desta vez discorremos sobre como quantificar a efetividade de um determinado jogador e também sobre conceitos filosóficos de equilíbrio, desequilíbrio e recuperação do equilíbrio tanto defensivo como no ataque.
 
Por exemplo, o que acontece quando determinado jogador recebe a bola. O que ele faz,? O que ele faz os companheiros fazerem? Como podemos misurar o efeito que um jogador tem para o seu time e para o jogo?
 
Por outro lado, o que é uma situação de equilíbrio tanto na defesa como no ataque? O que acontece com a defesa quando o ataque provoca uma situação de desequilíbrio? O que acontece com o ataque quando a defesa o coloca em uma situação de desiquilibrio? 
 
Como recuperamos o equilíbrio nessas duas situações?
 
Como medir isso tudo?
 
Penso muito sobre o que conversamos nas arquibancadas do Pinheiros.
 
Sei que ainda continuaremos a discutir sobre esses temas.
 
 
TIME OUT
 
Espaço reservado aos treinadores iniciantes na prática de educar jogadores tanto no basquete como em qualquer esporte.
 
A questão hoje é: O que falar num pedido de tempo?
 
Na semana passada dividimos os pedidos de tempo em dois tipos (redundantes, eu sei): os que pedimos e os que o nosso adversário pede.
 
De qualquer maneira só podemos orientar nossos jogadores com aquilo que treinamos anteriormente (para a temporada, determinada partida, etc).
 
Não adianta querermos “inventar” uma nova jogada ofensiva ou uma nova defesa se não as tivermos treinado (e bem) anteriormente.
 
Outro equívoco é fazer um discurso emocional durante o jogo (broncas, etc) porque, se você pediu um tempo é por que a situação não está boa pro seu lado e os jogadores não querem palavras como “falta vontade”, “raça”, “tão cansados.” como orientações, mas sim soluções rápidas para seus problemas em campo.
 
Dependendo do nível de jogador é melhor conversar particularmente com ele do que jogar para o grupo uma falha que aconteceu. Ninguém merece isso.
 
Ficar dando bronca para “pegar no emocional” dos jogadores não funciona.
 
“Inventar” ou “puxar da cartola” uma solução técnica não treinada previamente, também não.
 
O treinamento apropriado é o segredo.
 
Obrigado e até a próxima TAC.

Marcel de Souza
marcel@databasket.com
Administração

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