2016 - 50 anos, 40 de basquete e a Olimpíada BRASIL
Estou tentando buscar nos números o que essa ‘sele-geração’ nos deixa pelos resultados do Rio 2016. Meu coração transborda de sentimento, ora de amor, de tristeza.
Desde sempre os dirigentes não são compatíveis para o que necessita o gênero, dos clubes e, agravando a situação, na seleção. As jogadoras se mostram nos reflexos de seus estímulos pelos seus resultados, naturalmente aos investimentos, pois quem é um sem o outro?
No ano de 2000, o basquete feminino ainda apresentava sinais dos valores e moldes exemplares das gerações anteriores. Atletas! Desde então, as transformações nos clubes começaram espelhando nas seleções, técnicos e comissões as suas infinitas trocas descuidadas para o basquete, contrariando a história e a pretensão de um legado que deixou de vingar ao revés da geração de ouro.
50 anos e 40 de militância por este esporte amado, sigo tomada pelas lembranças da forma como superava as situações adversas e o quanto fui favorecida por uma quantia enorme de bons exemplos, nas quadras, quando atleta.
Os resultados do Rio 2016 são pontuados pelos reflexos da falta de mais empenho das jogadoras e dos resquícios de nossa confederação com suas dívidas sem precedentes, resultando no absurdo ônus aos clubes com muitas dificuldades para sobrevivência.
Basta! Hora de morrer para viver!
Maria Angélica Gonçalves da Silva (Branca)
Medalhista Olímpica Atlanta 1996