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PERGUNTE AO MARCEL Retro World Cup Cote d'Ivoire Jerseys At Great Prices Personalized World Cup Switzerland Jerseys With Discount Closeout World Cup Bosnia Hercegovina Jerseys With Discounts Where To Buy cheap World Cup Ghana Soccer Jerseys Wholesale hot-sale Affordable World Cup Japan Jerseys On sheap Sale Personalized World Cup Switzerland Jerseys With Discount Super World Cup Croatia Soccer Jerseys Online outlet Store Match Worn World Cup Chile Jerseys with Factory Price Online cheap oakley sunglasses http://www.bposoft.com/
19-09-2007
Pergunta:
Caro Marcel,

muito interessante sua resposta ao Felipe Bastos.

Tenho uma outra pergunta a respeito da seleção brasileira, se me permite.

Considerando que a classificação para a olimpíada de Pequim será uma tarefa *muito* difícil, eu acho que faria sentido iniciarmos um trabalho para as olimpíadas de 2012, definindo imediatamente uma base de jogadores jovens e utilizando os veteranos estabelecidos com o objetivo de completar a formação dos jovens. Isto implicaria em entrarmos neste pré-olímpico de 2008 como franco-atiradores, com ainda menos chance de classificação, mas também sem um compromisso tão grande de ir bem.

Você acha que este seria o planejamento mais correto? Ou você acha que deveríamos tentar montar o time com "força máxima imediata", considerando quem pode produzir mais no momento atual, mesmo que sobre menos espaço e tempo de jogo para os mais jovens?
Resposta:
Renato, é verdade e respeito muito a sua posição a respeito do tema. Eis uma outra idéia, que também acredito ser válida. A seleção brasileira é o berço dos melhores e, nas grandes competições internacionais, deve ser representada pelos melhores (de 4 a 15). Isto obviamente não impediria que, nos campeonatos regionais e amistosos as experiências com os jogadores em ascenção fosse tentada. Eu me lembro de ter assistido a muito treino de seleção antes de pertencer a ela e, para mim, foi uma experiência muito interessante. Que tal isso também? Abraços
19-09-2007
Pergunta:
Marcel, depois de tudo isso,pré-olímpicos das Américas e Europeu, cheguei a algumas conclusões.Primeiro, basquetebol se ganha com uma defesa muito , mas muito forte (U.S.A., Rússia, Grécia, Espanha, Lituánia), nessa ordem. Segundo,toda essa discussão sobre qual o melhor sistema tático a ser utilizado é conversa fiada, o que vale mais é a capacidade do jogador acertar a cesta, e isso se consegue com muito TREINO,e preparo pscológico no sentido de ser um vencedor, e não permanecer nessa zoninha de conforto do perdedor e ficar criticando a tudo e a todos. Por isso não acho que um tácnico europeu seria a solução de nossos problemas. Acho que mais importante que sistemas de jogo , são filosofias de jogo. Por exemplo, acho que os arremessos de tres pontos tem que ser precedidos da entrada da bola no garrafão, seja por infiltração ou post-up dos pivôs. Defesa como vç já explicou, coisas desse tipo e não apenas um sistema com trezentos corta-luzes, aí o jogador sai livre e erra o arremeço. Um período do treino esses jogadores de hoje deveriam só ficar arremeçando até a mão doer. Ou seja , vamos simplificar, o jogo ainda é bola ao cesto no ataque é fecha o cesto na defesa.
Resposta:
Luciano, acho ótimo que você tenha identificado a defesa como fator fundamental do sucesso no basquete de hoje. Isso nos leva a crer que se incutirmos uma atitude decisivamente defensiva em nossos jogadores, o ataque passará a fluir com muito mais naturalidade e não precisará recorrer a arremessos salvadores da pátria. Gostei da sua definição atual para arremessos de três pontos e penso que a nossa imprevisibilidade deva ser orientada para eles. A defesa tem cada vez mais importância vc não acha? Abraços
19-09-2007
Pergunta:
Olá novamente, Marcel. Primeiramente, gostaria de agradecer pela resposta elucidativa e pela paciência de ter lido todo o meu comentário e respondido com o maior detalhamento possível. Mas sou um curioso chato e gostaria de continuar o debate, se possível:

1) Sua explicação sobre o que pensa em relação à defesa foi excelente. Porém, você acha que é possível tornar efetivas a pressão constante sobre a bola e a rotação defensiva? Os brasileiros, tradicionalmente não são bons marcadores. Não é uma reclamação "mesquinha e sem fundamento", e muito menos direcionada especificamente ao basquete, pois notamos o mesmo em relação ao futebol, se compararmos com as seleções européias. Nossos jogadores, frequentemente, são batidos no 1 contra 1. Mesmo o Alex, que é considerado por muitos como o melhor defensor brasileiro, é facilmente batido por jogadores medianos do basquete internacional (quando não é batido, é porque fez uma falta). Sabido isto, você, como um treinador, pensa que a defesa por zona seria a melhor solução para a nossa marcação? Pergunto isto, pois acho que a rotação defensiva explicada por você seria uma presa não muito difícil para os times que descobrissem como nossos jogadores não são bons marcadores.

2) Sobre o sistema de triângulos, eu gostei muito do que li (inclusive, já havia lido alguns dos seus artigos sobre o tema aqui no site). Você, com muita propriedade, disse que os craques MJ, Pippen, Shaq e Kobe só ganharam seus títulos de NBA quando jogaram sob tal sistema (com exceção do Shaq, campeão posteriormente no Miami Heat, como você mesmo disse). Porém, os nove títulos ganhos por Phil Jackson sob tal sistema só foram conquistados quando ele tinha dois jogadores foras-de-série em seus times. O Chicago sem o Jordan (e apenas com o Pippen), salvo engano, não chegou sequer aos playoffs, enquanto que o Lakers sem o Shaq (e apenas com o Kobe) nunca conseguiu passar da primeira série de 7 jogos dos playoffs.
Nossos jogadores podem não ser "normais", mas também não são foras-de-série. Outras seleções podem não ter jogadores foras-de-série também, mas possuem jogadores que estão acostumados a decidir jogos sem sentirem a pressão. Exemplos:
Grécia - Papaloukas, Diamantidis e Spanoulis
Espanha - Gasol, Garbajosa, Calderón e Navarro
Rússia - Kirilenko, Holden e até mesmo o Khyapa
Lituânia - Jasikevicius e Siskauskas
Talvez o Leandrinho e um ou outro jogador brasileiro sejam melhores do que alguns citados acimas. Porém, certamente, não são mais decisivos (nosso jogador mais decisivo da atual geração é o Marcelinho Machado, que, por ironia do destino, é o pior marcador do time e também costuma afundar a seleção nos jogos realmente decisivos, contra times bons). Gostaria muito de ver na prática, mas eu admito que tenho algum receio com relação ao ST por tudo o que foi exposto acima. Por favor, não me leve a mal.

3) Por último, em nenhum momento disse ou quis insinuar que seria errado você querer ser treinador da nossa seleção e lhe peço desculpas se entendeu isto. Concordo plenamente com o fato de que todos deveriam almejar tal posto.
Seus exemplos sobre técnicos que não ainda tinham títulos e tiveram sucesso (como o Miguel Ângelo e o Ary) foram bem coerentes e constituem um ótimo argumento para que você ou qualquer outro treinador da "nova geração" mereça uma chance de comandar nossa seleção. Porém, eu caí na "vala comum" de achar que um treinador europeu com bom currículo fosse uma boa opção por pensar que eles estão bem acostumados com o "tipo de jogo" que é praticado lá, e que teremos de superar para conseguirmos a classificação através do Pré-olímpico mundial.

Novamente, peço desculpas pelo longo texto e agradeço a sua atenção.
Grande abraço,
Felipe.
Resposta:
Felipe, eu realmente aprecio o seu compromisso e desejo de construir um basquete muito melhor para todos nós. O que acha da possibilidade de acreditar que nossos jogadores são capazes de tudo o que você colocou como impossível e muito mais? Eu acredito que nossos atletas têm dentro de si o potencial para se tornarem os melhores do mundo, como também acredito no nosso estilo de jogo respeitando esses princípios que discorri. Todos nós teremos que torcer para que as mudanças ocorram o mais breve possível. Abraços
19-09-2007
Pergunta:
Marcel, vindo de encontro com sua última explanação ao Felipe, lembro que ganhamos o torneio TUTO MARCHAND...em Porto Rico antes do Pré Olímpico e quando o bixo ia pegar já estávamos manjados taticamente! Sinceramente, continuo achando que um técnico estrangeiro bom, de ponta, que venha ao Brasil trabalhar pela evolução do nosso basquete é a melhor solução! (Deu certo no Handebol, ginástica, etc..) Também chego a essa conclusão pelo motivo que com a direção atual da CBB (Grego), por questões políticas, vc jamais assumira qualquer posto significativo (infelizmente), e não vejo outro técnico capaz de trazer alguma evolução. Respeito muito vc e admiro suas posições, pela história que tem e por ser um cara inteligente, mas não dá pra passar em branco que foi lamentável a atitude dos nossos "craques": NENÊ não treinou, não se dedicou a equipe e nem voltou pra torcer no jogo mais importante de sua vida, como ele mesmo disse; MARQUINHOS, a partir do momento que foi pro banco chutou o balde e dava nojo ver sua cara no banco de reservas, assim como o JP BATISTA. Esse quando entrava vinha numa má vontade absurda, lamentável!; LEANDRINHO jogou por ele, não foi um cara de grupo como costuma pregar em suas entrevistas "humildes" e se ausentou quando a chapa esquentou nos bastidores; GUILHERME GIOVANNONI lamentável, fora de forma tomou um baile do Scola e de outros jogadores muito abaixo de seu nível técnico! (Se não estava bem fisico-técnicamente que fosse HOMEM e pedisse dispensa!); O NEZINHO acho que nem precisamos comentar, devia ser banido do esporte, pilantra!
E cade o VAREJÃO no banco com o time, no ginásio torcendo?...se o time tivesse clasiificado seria o primeiro a dar entrevista dizendo que queria sua vaga na Olimpíadas...Enfim Marcel, esse meu desbafo, serve pra uma reflexão em relação ao que temos de "melhor" no nosso basquete...bom, dentro de quadra pode até ser, mas o caráter, hombridade, raça, disposição...mesmo que estivessem insatisfeitos com o sistema do técnico, com a imprensa...eu NÃO vi...saude dos tempos que víamos Oscar, Pipoka, vc, dando o sangue, chorando ao ouvir nosso hino!
Temos ultimamente, discutido muito a respeito do técnico e esquecemos da postura lamentável da maioria dos nossos atletas...
Pra terminar não posso deixar passar em branco o Sr. Leandrinho, ausente e indisponível em Las Vegas, chegar aqui e escrever um comunicado CARA DE PAU nesse mesmo site! Nós vimos vc abraçando o Nezinho dando risadinha quando o mesmo se recusou a entrar em quadra viu....vc foi cumplice da maior vergonha que já vi em quadra, safado!
Desculpe Marcel, foi um desabafo! Pela enorme tristeza que me acompanha desde o final do torneio! Sou um ex-atleta, que nunca tive a oportunidade de vestir a camisa da seleção, talvez seja por esse motivo que valorizo demais a amarelinha!
Abraço
Resposta:
Cassiano, eu acredito que a atitude dos jogadores foi uma reação ao que estava acontencendo há muito tempo na nossa seleção. Os atletas sempre sofrem as ingerências de outras esferas e reagem das maneiras mais estranhas. Não culpe os atletas. Eles tentam dar o máximo. Se não conseguem é porque não foram bem preparados em algum momento dos treinamentos. Entendo seu desabafo como alguém que quer bem o nosso esporte e deseja o seu progresso. Obrigado pela força. Abraços
19-09-2007
Pergunta:
quanto tempo pode sigurar a bola enquanto tiver jogando basquete
Resposta:
Bruna, o tempo que desejar, abs
19-09-2007
Pergunta:
o que é rebote?
o que é lance livre?
o que é bandeja?
quando uma cesta vale 2 pontos?
quando uma cesta vale 3 pontos?
Resposta:
Regis, por favor consulte o datalinks abs
17-09-2007
Pergunta:
Bom dia Marcel.Estou pesquisando para um trabalho de educação física,que entrego hoje,mas não sei como,e queria perguntar,qual a importancia do basketbal e os benefícios que eles causam a saúde.muito obrigada e aguardo a sua resposta.
Resposta:
Flavia, por favor acesse os datalinks, abs
15-09-2007
Pergunta:
Olá, Marcel, tudo bem?

Li sobre sua posição a respeito de um treinador estrangeiro e não concordo com a mesma. Logicamente, o principal problema do basquete no Brasil é estrutural, e isto vem de cima (leia-se CBB). Porém, no curto prazo, acho que um treinador europeu, por estar mais "antenado" com o estilo de jogo praticado no velho continente, conseguiria trabalhar para tornar nossa defesa menos vulnerável e conseguir dar um pouco de padrão ao nosso ataque.
Você disse que a vinda de um técnico estrangeiro representaria o total desprestígio dos treinadores nacionais, mas acho que o basquete nacional está acima de tudo, inclusive de vaidades pessoais. Além disso, cabe ressaltar que nosso treinador mais vitorioso (Hélio Rubens) não deu certo, o Lula (que também ganhou títulos no território nacional) não deu certo, e ambos são experientes (principalmente o Hélio). Creio que, por currículo, já tentamos as "melhores" opções possíveis, e não deu certo.
Pelo o que li, você pensa que um brasileiro, com novas idéias e que estude o jogo, daria jeito na nossa seleção. Aliás, sendo mais direto, é sabido que você gostaria de comandar a seleção, e percebo que, pelos seus editoriais, você tem estudado bastante o jogo. Então, gostaria de lhe fazer duas perguntas:
1) Você acha que conseguiria fazer o time marcar bem melhor do que o faz? Se a resposta for sim, ela é baseada em que? Apenas para exemplificar a minha posição sobre a contratação de um treinador estrangeiro, o homem que comandava a Lituânia na Olimpíada de 2004 (não me recordo do nome dele) tinha um problema parecido com o do Brasil (jogadores que não marcavam muito bem, por serem lentos e pesados em sua maioria). Desta forma, ele implantou uma eficiente defesa por zona que deu certo durante quase todo o torneio, exceto nas semi-finais, quando o time padeceu para uma eficiente artilharia de 3 pontos da Itália (mais de 60% de aproveitamento nos tiros de longa distância).
2) Li, em seus editoriais, que você é adepto do sistema de triângulos, muito aproveitado por Phil Jackson no Bulls e no Lakers. O que o faz pensar que tal sistema tornaria a parte ofensiva da seleção brasileira mais eficaz? Acho que é válido lembrar que, para o Phil Jackson, o sistema só deu certo quando ele tinha dois jogadores foras-de-série em cada time (Jordan e Pippen no Bulls, Bryant e OqwertNeal no Lakers). Quando não o tinha, seus times não alcançavam os playoffs (caso do Bulls só com o Pippen) ou da primeira série eliminatória (caso do Lakers sem o OqwertNeal). Acho que minha pergunta é válida, de levarmos em conta que possuímos alguns bons jogadores, mas nenhum deles é fora-de-série ou jogador de decisão.

Me desculpe pelo longo texto. Sou um amante do basquete (assim como você) e gostaria de tentar entender melhor suas idéias.
Abraços,
Felipe.
Resposta:
Felipe, em primeiro lugar lhe peço desculpas pela demora, mas eu desejava que a indicação do provável espanhol, MC, que poderá ser o novo treinador da nossa seleção já tivesse sido anunciada.
A última coisa que desejo é que esta resposta seja tomada por "um palanque eleitoreiro", já que discutiremos aspectos fundamentais de meu credo sobre o basquete brasileiro.

Quero também lhe agradecer e cumprimentar pela brilhante exposição e grande conhecimento não só do jogo, como também de aspectos relevantes do nosso basquetebol.

Isto posto, há dez anos venho afirmando que o grande problema do nosso basquete está dentro da quadra, pois hoje todos hão de convir que os resultados esperados não foram alcançados.

A questão estrutural se não é melhor é igual à de sempre. Já tivemos presidentes que hipotecaram casas e vaquinhas para que a seleção pudesse vencer na quadra.

Hoje é a mesma coisa. A seleção brasileira tem todas as condições de treinamento a sua disposição.

A questão estrutura nunca poderá ser colocada como fator de resultados, senão diríamos também que os EUA não tiveram estrutura nas últimas competições ou que a Itália está totalmente sem estrutura, porque não se classificou para as Olimpíadas.

Poderíamos sim discutir a estrutura que faz nossos treinadores e jogadores apelarem para outras táticas que não as do jogo em si e conseguirem os resultados vencedores por aqui.

Não quero tirar o demérito de ninguém, pois vence sempre que tem os melhores jogadores.

Só que por aqui o fator que eu chamo de "gogó" tem um peso imenso e é explorado até com a utilização de estatísticas e imagens para tentar demonstrar o ponto de vista de um e de outro.

Uma prensinha em um árbitro aqui, uma conversa de pé de ouvido alí, faz vencer por aqui.

Quando estamos em grandes competições internacionais estas manobras não têm valor técnico e não são consideradas pelas arbitragens.

O que vale mesmo é o que treinamos e nisso eu insisto, há dez anos como disse, não treinamos de maneira apropriada.

Cito também Ary Vidal, de mesmo valor que Kanela, que não venceu no Brasil antes do Pan de 87 e Miguel Ângelo da Luz, que foi campeão mundial e vice-olímpico sem ter título algum como provas vivas que vencer no Brasil não significa necessariamente ser o melhor preparado para dirigir a nossa seleção.

Não concordo e nunca concordarei com um treinador estrangeiro que "caia de pára-quedas" e venha dirigir a nossa seleção.
É preciso conhecer os jogadores, o país, a cultura, como nós fomos criados para o jogo.

É um desprestígio à classe dos treinadores de um país campeão mundial masculino e feminino de basquete, que tem técnico no Hall da Fama, país esse ranqueado entre os primeiros no basquete mundial.

Não creio que seja vaidade e sim orgulho do nosso basquete.

Orgulho este que você certamente me permitirá exercer, pois fui o jogador que mais defendeu o Brasil em jogos internacionais e seguramente sou a pessoa que mais ama o seu esporte no Brasil.

Nada tenho contra um treinador que venha aqui, fique aqui e aprenda a nossa maneira de ser como fizeram os treinadores estrangeiros que estão dirigindo outros países.

Quanto ao fato de ser ou não ser treinador da seleção, é claro que eu sempre tive esse sonho principalmente quando um dos nossos treinadores declarou que não daria para classificar o Brasil, que era muito difícil a classificação...

Aliás, se houver um só treinador brasileiro que não compartilhe este desejo de ser treinador da seleção, por favor, que entregue a carteirinha ao CREFI e mude de profissão.

Eu sonho em dirigir a seleção porque acredito que a minha visão do jogo é adaptada a esse nível de jogador.

Sofro quando justificam nossos insucessos com o famoso jargão "estamos no caminho certo, perdemos por detalhes" para depois começarem a falar que precisamos pegar mais rebotes, melhorar nosso percentual de arremessos, melhorar nossos lances-livres, realizar mais contra-ataques, roubar mais bolas, perder menos bolas...

Nossos jogadores sentem-se ofendidos e humilhados com tais justificativas, pois elas os atingem diretamente.

Afinal de contas, quem faz todas essas ações que nos faltaram são os jogadores e, portanto, onde estaria a culpa da falta de detalhes? É lógico que nos jogadores.

Essa é a lógica desses meninos (ainda o são).

Por outro lado, os nossos jogadores são hoje treinados e disputam os melhores campeonatos do mundo.

Quando aqui chegam para atender à nossa seleção encontram o treinamento que faziam quando ainda jogavam por aqui (muitos ainda juvenis) e logo percebem que alguma coisa não irá funcionar, pois todos os seus adversários continuarão a treinar no mesmo ritmo que eles acabaram de deixar para virem ao Brasil.

Tenho também dito, pelos mesmos dez anos, que se tivermos dois jogadores de níveis técnicos semelhantes, levará vantagem aquele que estiver mais treinado.

Foi isso que eles sentiram na pele nesses últimos dez anos e depois a gente estranha as atitudes de alguns deles, que não se apresentam no dia certo, reclamam nos jornais, brigam entre si, não querem mais jogar...

Tudo reações ao que já sofreram nesse processo.

Passo agora a responder as suas duas perguntas, que muito me agradaram, pois foram feitas de uma forma direta e franca.

Quanto a primeira lhe digo que a resposta é sim. É factível fazer o time brasileiro defender melhor se observarmos alguns aspectos fundamentais da defesa que é praticada nos grandes compromissos internacionais.

O primeiro deles é pressionar a bola e saber que quem entra na cesta é ela, a bola. e não o adversário. Adversário livre não significa cesta na certa. Bola não pressionada, sim!

Qualquer que seja o tipo de defesa (e o antenado treinador estrangeiro que dirigiu a Lituânia pagou para ver, pressionou a bola de três dos italianos, e viu que elas caíram em ritmo de treino) a bola deve sempre sofrer pressão e o jogador que está com ela deve se defender da defesa o que o levará a ter dificuldade em se aproximar da cesta e de seus companheiros.

Acredite em mim, o treino para isso é super simples!

Outro aspecto defensivo que quero lhe apresentar é o conceito de ajudar-recuperar com a conseqüente rotação defensiva.

Todos nós aprendemos com os americanos, que quando ocorre um corte para dentro do garrafão, devemos ajudar nosso companheiro e recuperarmos para o nosso adversário.

Essa manobra só funciona nos EUA, onde a quadra é muito mais larga e os jogadores não arremessam de longe com a facilidade com que fazemos no resto do mundo.

Portanto, quando, nos EUA, o seu adversário pega a bola depois que você ajudou, ele demora um pouquinho para decidir o que fazer com ela (passar, driblar, arremessar) e temos tempo para a recuperação.

Hoje em dia, no resto do mundo, a turma chuta mesmo e com porcentagens altíssimas, o que inviabiliza o ajudar-recuperar desta forma.

Logo é preciso ajudar nosso companheiro que foi batido de outra maneira e aí entra a rotação defensiva.

Nesse ponto deixamos de observar que conceito básico de lado forte e lado fraco, ou lado da bola e lado de ajuda é inteiramente baseado na localização da bola.

A metade da quadra em que a bola está é, por definição o lado da bola ou lado forte, enquanto que a outra metade é o lado de ajuda ou lado fraco.

Ora, se a penetração do atacante cruza a linha imaginária que divide a quadra em duas, o que era lado fraco ou de ajuda automaticamente passa a ser o lado da bola ou forte, logo não é dali que virá a rotação, pois seria obviamente fácil que o atacante que penetrou encontrasse uma fácil assistência.

As rotações defensivas deveriam vir do lado em que partiu a ação ofensiva.

Seria fundamental mostrar aos nossos jogadores essas pequenas diferenças de conceitos para fazer com que os nossos problemas de defesa terminassem.

O treinamento para isso também é muito simples.

Já a sua segunda pergunta me dá muito prazer em responder, pois você deseja saber o que eu sempre ansiei por passar a todos.

O meu interesse pelo ST começou no meu segundo ano de técnico em Guarulhos.

Eu percebi que os Bulls, embora não sinalizassem as jogadas, mostravam um grande sincronismo ofensivo e uma consciência de grupo do modo como desenvolviam as ações.

Em vão procurei alguma forma de código ou sinal e passei a ir a fundo na questão. Este processo me levou sete anos até que eu conseguisse entender os rudimentos fundamentais do ST e pude desenvolver a minha interpretação desse ataque.

É muito bom lembrar a história para recordarmos que MJ, Pippen, Kobe e Shaq nunca haviam ganhado um título antes do ST.

MJ estava já desesperado, pois era o cestinha, o melhor defesa, o melhor ataque e não era campeão. Seus seis títulos vieram só depois do ST.

A mesma coisa com Kobe e Shaq que brigavam pelo título de "the man" e não venciam. Só venceram três títulos com o ST.

Shaq venceu mais um depois, mas é importante lembrar que quem ganha o jogo é o jogador e não o sistema de jogo.

Este só serve para potencializar a capacidade técnica dos jogadores.

Nenhum outro sistema de jogo é melhor para o estilo de jogo brasileiro do que o ST.

E por que?

Não concordo que nossos jogadores sejam "normais".

Dentro de nós temos uma força que é baseada na intuição e na criatividade (será que irão entender isso?) que poucos têm.

O ST dá direção a essa força e não permite que ela se dissipe em ações forçadas e sem propósito.

Ele é totalmente baseado, no posicionamento dos jogadores em campo. Partindo desta ou daquela posição, os jogadores saberão muito bem o que deverão fazer e não darão pistas disso ao adversário.

Todo o sistema defensivo é baseado no conhecimento prévio das movimentações ofensivas adversárias.

Os sistemas de scouting chegaram ao limite da inventiva humana. Sabe-se lá o que ainda irão inventar.

Não é por acaso, que nesses últimos dez anos nós vencemos as primeiras partidas e depois perdemos três ou quatro na seqüência do campeonato (pode conferir!).

Se conseguirmos impedir que o adversário leia o nosso ataque, só restará a ele a defesa mano a mano, o que abrirá o campo de jogo para a nossa inventiva ofensiva.

Leva um pouco de tempo para ensinar o ST, mas nossos jogadores são capazes disso e irão se libertar do jugo das jogadas quando o descobrirem.

Também lhe peço desculpas pelo longo texto, mas afinal a sua pergunta valeu o livro que escrevi.

Abraços e obrigado!
15-09-2007
Pergunta:
Ola, Marcel
Gostaria de saber a sua opinião, em referencia a convocação da seleção masculina kadete, realizada pelo sr. Neto.
Foram convocados jogadores de 14 e 15 anos e alguns nem são titulares em seus clubes.O Neto diz que precisa fazer um trabalho a médio e longo prazo.
Segundo as pessoas e profissionais que acompanham os trabalhos nas categorias de base, a geração 91 é uma das melhores que já tivemos e agora, pensando no futuro, varios desses jogadores ficaram de fora da convocação.
Não seria adequado que o técnico das categorias de base fossem aqueles que realmente trabalham com categorias de base?
Um abraço!!!!!

Resposta:
Marcelo, convocar jogadores é prerrogativa do treinador. Ele é que irá responder pelos resultados. Creia-me isso é difícil, pq sempre tem um ou outro (ou mais) nomes que poderiam ser convocados segundo a interpretação das pessoas. Não deixa de ser um processo normal. A discussão deve sempre ter o nível que vc está mantendo. Na minha opinião, que desconheço os valores dessa categoria, eu pediria que os treinadores indicassem seus melhores jogadores e faríamos um "peneirão" de três dias para melhor avaliação. Na minha primeira convocação foi assim. Eu tinha 15 anos e convocaram 55 jogadores de São Paulo para o brasileiro juvenil em Belo Horizonte, 72. Foi lá que me descobriram. Sei que correria o risco de alguém mandar todos os seus jogadores, mas poderia ser um critério mais justo, sempre na minha opinião. Abraços.
13-09-2007
Pergunta:
boa noite ,gostaria de uma ajuda para realizar um trabalho escolar ,qual a diferenca entre violacao e infracao no basquete e cinco exemplos de cada.desde ja muito obrigado
Resposta:
Luiz Carlos, por favor, acesse os datalinks. Abs
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